Em primeiro lugar, aceite a realidade e se prepare para ela. É muito mais provável que você conviva (ou conviverá) com uma pessoa difícil no trabalho. Talvez seja o seu chefe, um colega de trabalho, um cliente, enfim, “alguém” sempre vai aparecer no seu caminho para testar sua paciência e lhe tirar a paz.
Esclarecendo: por pessoas “difíceis” queremos dizer que possuem certos traços de personalidade ou características emocionais que dificultam a comunicação com as demais. Pessoas dominadoras, grosseiras, negativas e agressivas são alguns dos inúmeros exemplos de comportamentos que detonam os relacionamentos, causam estresse, desgaste emocional e contribuem para tornam o local de trabalho um lugar tenso e improdutivo de atuar.
Por que lidar com pessoas difíceis é importante?
As pessoas geralmente são contratadas por suas habilidades técnicas e dispensadas por suas habilidades interpessoais. Segundo estudos, cerca de 87% das pessoas são demitidas por não se relacionarem bem com seus colegas e superiores. Então, se você tem planos de progredir na carreira, você vai precisar saber lidar com essas pessoas comportamentos difíceis no trabalho.
Dois caminhos para você percorrer.
O primeiro é um olhar para dentro. Você já deve ter ouvido falar que “quando um não quer dois não brigam” e isso é exatamente o quero dizer aqui. Independentemente de quem começou os conflitos e de quem tem ou não razão, cada um tem sua parcela de responsabilidade para criar e manter os conflitos de relacionamento.
Então, o convite é olhar primeiro para dentro para identificar com muita sinceridade e clareza: o que eu estou fazendo para alimentar os conflitos e dificuldades de relacionamento com tal pessoa? Dói, é chato, mas precisamos aceitar, identificar e em seguida, resolver.
O segundo ponto é olhar para fora, para o ambiente e para a pessoa difícil.
Você já parou para pensar que a própria empresa muitas vezes colabora e até estimular as dificuldades de comunicação, a hostilidade e os conflitos de interação entre as pessoas? Muitas, em nome de um “profissionalismo formal” a ser respeito no ambiente de trabalho geram uma tensão desnecessária e desgastante que é difícil mudar, afinal, este jeito de ser vem dos donos e da direção da empresa. Então, uma reflexão: se você estiver num ambiente assim e isto te incomodar é hora e pensar: vale a pensa continuar num lugar assim?
Agora chegou a hora de pensar “na” pessoa difícil e aqui quero que você pense em dois pressupostos da PNL (Programação Neurolinguística) que podem te ajudar a ressignificar a situação.
Pressuposto nº 1: Todo comportamento tem uma intenção positiva.
Uma coisa é a intenção positiva (interna) e outra o mau comportamento (externo). Precisamos entender isso e ajudar as pessoas a mudar o comportamento, preservando a intenção.
Existem exceções – pessoas que realmente são maldosas e manipuladoras por natureza, que estão no mundo para sugar e destruir o outro, e essas pessoas não vão mudar. Nasceram assim e vão morrer assim, porque possuem um transtorno grave de personalidade considerado sociopatia que realmente dificulta a interação com outras pessoas. Essas pessoas representam cerca de 3% da população e seria muito, mas muito mesmo azar da sua parte que exatamente um deles esteja ao seu lado no local de trabalho. Neste caso, considere mudar de empresa, pois a pessoa literalmente não vai mudar, nem com terapia.
Então, sempre parta do princípio de que as pessoas têm uma intenção positiva, apesar de não saberem como expressar isso no comportamento. Um exemplo, imagine um colega reclamão. Você pode se surpreender ao descobrir que na verdade ele quer atender com rapidez e qualidade o cliente.
A dica é: compreenda as pessoas, indo além do comportamento manifesto para descobrir a intenção positiva atrás do mesmo e ajude a pessoa e perceber e mudar suas ações, mantendo a intenção positiva.
Pressuposto nº 2: “As pessoas sempre fazem a melhor escolha que podem naquele momento”.
Você já tentou explicar a um bebê de 6 meses o que acontece com o fenômeno da divisão das partículas atômicas e subatômicas? Cada um de nós se encontra num nível de maturidade e desenvolvimento, e o quanto antes entendermos e respeitarmos isso, melhor serão nossas interações com os demais.
Dica: Seja humilde para reconhecer que você, assim como a outra pessoa, não possui todos os recursos que precisam para resolver a situação, e busque aprender e se desenvolver, um passo de cada vez, pois não saímos de um estágio de evolução 1 e vamos diretamente para o nível 5, por exemplo.
Sei que um assunto tão complexo não se esgota facilmente, mas o mais importante neste momento é você saber que minha intenção positiva foi contribuir com a expansão das suas possibilidades de lidar com pessoas difíceis no trabalho e de avançar em sua carreira, afinal essa é uma habilidade essencial aos profissionais de sucesso de nosso (todo) tempo.
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